Jornalista de formação com especialização em marketing, Deborah é fundadora do Força Meninas (Go Girls), uma plataforma educativa que desenvolve habilidades em garotas para ajudá-las a conquistar as grandes oportunidades do século 21.
Deborah, que conversou nesta quarta (17/02) durante uma live com Marcela Fujiy, uma das fundadoras da Be.Labs, acredita que o empoderamento de meninas pode transformar o mundo. Ela contou que a criação do Força Meninas se deu em 2016, após uma série de pesquisas em questões de gênero, liderança, habilidades deste novo século e o futuro da educação, além de experiências na Europa.
Inspirada pela diretriz das Nações Unidas, busca desenvolver habilidades específicas entre jovens para que elas possam ter participação plena e efetiva, bem como igualdade de oportunidades de liderança em todos os níveis de tomada de decisão na vida política, econômica e pública. Com isso, destaca, elas poderão contribuir de forma decisiva e com protagonismo para o crescimento do Brasil nos próximos 15 anos.
“Nós do Força acreditamos que o desenvolvimento de meninas é crucial para a formação da próxima geração de mulheres líderes e protagonistas. Estes são os princípios que praticamos todos os dias para criar as mudanças dentro de nós, nos amigos, na família e no mundo.”
Déborah de Mari
Déborah lembrou que não tinha clareza, quando menina, de quão não éramos reconhecidas. “Poucas mulheres são aceitas, ouvidas. Inclusive no mundo corporativo, onde você tem de validar seu crachá para saber quem é”.
Para Déborah, “temos de questionar tudo, não fazemos nada sozinhas. Por conta disso, decidiu seguir carreira solo e criar algo que causasse impacto social real, para superar esses limites que nos impedem de ascender. No início, no Força Menina, focou nas habilidades Steam (da sigla em inglês para Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática), com parceiros. “Era um modelo de negócio que previa que as pagantes subsidiassem as meninas que não podiam pagar. Isso, claro, não foi para frente. Até que conseguimos uma parceria corporativa com o Uber, o que deu uma profissionalizada na nossa organização.”
É importante, segundo Déborah, lembrar sempre que o empreendedorismo feminino é glamorizado, mas na real ele é custoso, exaustivo, porque requer das mulheres conciliá-lo com muitas de suas jornadas diárias como mãe, esposa, empreendedora, administradora. “Temos de desenvolver uma estrutura básica eficiente para ultrapassar a barreira dos cinco anos, que é quando a maioria dos novos negócios derrapa”.
A empreendedora contou ainda que nunca quis que o Força Meninas virasse um unicórnio, até porque esse mito já foi desmascarado. “Sei bem o que acontece na realidade. Já fiquei exausta, perdi familiares durante a pandemia, tive de conciliar tudo e não me perder. Hoje, busco uma relação mais saudável, por isso mudei de cidade, de estilo de vida, abri mão do que não era essencial. Muita gente destina o pouco que tem para o seu empreendimento e compromete no final tudo que lhe é caro. Não há jornada mágica, nos falta conhecimento. Já gastei tempo demais com divulgação do que fazemos em redes sociais, e isso é uma cilada. Por conta disso, perdi suporte financeiro. Não é assim que funciona. Não podemos confundir a nossa pessoa e o nosso empreendimento com a marca, ficar refém dela”.
Por isso, adverte, primeiro cuide de si, encontre o seu caminho e, como se faz no avião, coloque a sua máscara de oxigênio para poder ajudar os outros; tenha claro sua intenção, que é diferente de propósito; e invista em algo em que você realmente é boa”.
Vale lembrar que Deborah, além de empreender, fez uma formação consistente. Concluiu o curso de Competências do século 21, da União Européia, e o Girls Leadership Professional Development Training (GLPDT), em Boston/EUA. É membro do Comitê Educacional da Plan International e do Irish Girl Guides, em Dublin, na Irlanda. Fora isso, acumula mais de 10 anos de trajetória em conectar marcas a pessoas no ambiente digital, onde já comandou equipes em grandes empresas como Locaweb, Natura e Walmart.com. Como palestrante participou de eventos como Intercom e Social Media Week, bem como em universidades como Mackenzie, Umesp/PR e ESPM.
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